Com o etanol de milho crescendo no Brasil – a expectativa média do mercado, segundo levantamento feito pelo NovaCana, é que a produção atinja 9,49 bilhões de litros na safra que iniciou 1º de abril – e queda no biocombustível vindo da cana, os produtores independentes da matéria-prima já começam a ficar alertas.
“Ainda não vejo concorrência entre o etanol de milho e o de cana, mas para um futuro próximo, sim. Daqui uns dois ou três anos, talvez isso possa ocorrer, principalmente com aumento ou excesso de oferta do etanol de milho, jogando o preço para baixo”, afirma o CEO da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), José Guilherme Nogueira.
Ele conversou com a imprensa durante o evento Cana Summit, realizado nesta quarta-feira, 2, em Brasília (DF).
Para Nogueira, uma maior concorrência pode gerar um efeito de redução de preços da cana, que será “significativamente ruim” para os produtores independentes.
Ele completa que, com os preços do açúcar oscilando na faixa dos 20 centavos de dólar por libra-peso, o cenário é benéfico. Entretanto, quando o valor descer “e tem a chance grande disso acontecer”, a tensão poderá ocorrer com mais força, especialmente para os mercados de originação de milho e de cana.
EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
VEJA COMO É FÁCIL E RÁPIDO ASSINAR